quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tento uma, duas, mas apenas na terceira vez eu consigo escrever alguma coisa. Minha mente está em turbulência. Não sei oque dizer, os pensamentos estão desorganizados e eu busco minha fuga nas palavras. Escrevo até me sentir aliviada. Escrevo até sentir que estou livre do peso dessas muitas sensações desconhecidas, mas que sinto todas de uma vez só. Uma confusão. Uma imensa confusão interna. A cada palavra que escrevo, sinto começar dentro de mim uma tempestade que parece não ter fim. Não posso deixar que essa tempestade tome conta também do meu exterior. Meu interior está completamente tomado por esta tempestade. Não sei como fugir, não sei como sair daqui. Por isso escrevo, buscando minha fuga. Buscando um alívio que está longe das minhas vistas. Não quero ficar aqui parada. Quero correr, quero gritar, preciso desabafar. Mas não tenho com quem conversar, não tenho com quem compartilhar minhas angústias. Por isso falo sozinha, por isso escrevo. Converso com meu interior e não chegamos a nenhuma conclusão do que eu sinto. Eu não sei. Eu não sei oque fazer. Sinto a tempestade querendo sair em forma de lágrimas. Não, não posso deixar isso acontecer. Tenho que me conter. Não posso deixar a fraqueza me consumir. Vamos lá, eu consigo, eu consigo! Minha feição está completamente tomada de uma expressão sem definição. Tem um pouco de dor, tem um pouco de tristeza, um pouco de cada coisa que não sei dizer ao certo oque é. Apenas sei que me atormenta e me deixa sem saída. Alguém me ajude, estou sem forças. Alguém me ajude a lutar, sozinha eu não consigo.
Hoje parei pra me observar no espelho, olhei no fundo dos meus olhos, e enxerguei uma alma cansada, e por quase um segundo eu me perguntei, oque aconteceu comigo? Eu de tão tola, quase não lembrei que aquilo era o resultado de querer encarar essa tal coisa chamada vida, que coisa mais complicada hein? Eu de tão inocente não sabia que essa coisa quando bate de frente com você, realmente te destrói inteirinha.