terça-feira, 4 de junho de 2013

O amor que você não vê

Tenho costume de escrever textos imaginando que aquela bela história de amor pudesse ser a nossa. Que aquele casal que tanto se ama e enfrentam tudo pra ficar juntos, somos nós. Então acabo escrevendo textos que relatem o nosso amor. O amor que eu quero ter. O amor que é perfeito pra nós. O amor que você não vê. Mas um amor que seria mais perfeito do que esses textos, filmes e seriados mais clichês… Seriamos só você, eu e o nosso amor. Seríamos os personagens principais, e por mais que algumas tempestades nos afasta-se um do outro, eu sei que no final acabaríamos juntos, como deve ser.
Por que há tão poucas pessoas interessantes? Em milhões, por que não há algumas? Devemos continuar a viver com esta espécie insípida e tediosa? O problema é que tenho de continuar a me relacionar com eles. Isto é, se eu quiser que as luzes continuem acesas, se eu quiser consertar este computador, se eu quiser dar descarga na privada, comprar um pneu novo, arrancar um dente ou abrir a minha barriga, tenho que continuar a me relacionar. Preciso dos desgraçados para as menores necessidades, mesmo que eles me causem horror. E horror é uma gentileza.
— Charles Bukowski.




Adeus você

Eu nunca te pedi pra mudar, não por mim. Se um dia tivesse que mudar, teria que ser por você, acima de qualquer coisa. Eu queria apenas um pouco mais de atenção, e quem sabe, um pouco mais de carinho. Eu sei é o teu jeito. Mas saiba que me irrita, quem se esconde atrás dessa fala. Dizem que quando se gosta de algo ou alguém, a gente cuida, protege, quer estar perto, fazer parte da vida. Mas esse não foi o nosso caso. Eu aqui, trocando prioridades, te dando atenção e carinho, a ponto de fazer com que meus amigos sentissem ciúmes de ti. E você ai, no seu mundo. Dizendo que esse é o teu jeito. Dizendo que cuida e gosta da sua maneira.