segunda-feira, 17 de junho de 2013

Era um texto de poucas palavras, mas cabia uma vida dentro dele.


Nunca me sinto bem caminhada no meio de outras pessoas. Sempre me recuo! O entusiasmo, alegria, e o que falam, em nada se parecem com o meu “eu”. Intrigante é que justamente quando estou na companhia dessas pessoas é que me sinto mais forte. Penso da seguinte forma: se podem existir apenas com isso, e só com esses fragmentos de coisas, logo, eu também posso. Mas acontece, que sempre que estou sozinha e todas as comparações se reduzem a mim mesma contra a história, contra o meu fim, contra as paredes, contra a minha própria respiração, que coisas estranhas acontecem. 
Sou uma mulher nitidamente fraca. Experimentei ler a bíblia, os guerrilheiros, os piratas, os pensadores, os filósofos, os poetas, o romancistas… De tudo! Mas para mim, de certo modo, erraram de alvo. Ficam falando de uma coisa completamente diversa. E por isso, a muito desisti de ler.
Me acolho no pouco “conforto” que encontrei na bebida, no jogo e no sexo, assim me assemelho com qualquer cidadã comum, da cidade e do país. A única diferença é que não tenho a menor vontade nem o menor interesse em “vencer”, constituir família, ter casa própria, um emprego respeitável, ou coisas do tipo. Então, lá estava eu: sem ter nada de intelectual, de admirável, de artista, nem tampouco as raízes redentoras do “homem comum”.
Sentia-me presa e dependurada a uma espécie de “rótulo” indefinido e muito medo, sim, que isso decretasse o início da loucura, ou marcasse o começo da depressão.

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